Caríssima humanidade,

O dia parece que volta a nascer numa realidade paralela onde o privilégio reina. Tudo o que não faz parte de si fica entre um toque, um clique, uma partilha. O incómodo é simplesmente um parecer no topo da pele, porque não é algo que atinge o dia a dia. No entanto, esta liberdade é precária, porque tudo o que acontece no outro lado do Atlântico enquanto decisões políticas proliferam entre interesses na Europa. Decisões que se tomam como centro do Universo e outras terras são seus escravos, sangram. Voltamos sempre a rasgar primeiro os direitos das mulheres e crianças como a educação. Elas são restritas antes do momento de nascer, pedido que não foi feito de forma voluntária. Foi simplesmente um nascer num sistema que aponta o dedo como se a culpa fosse dela. Ela que foi traída! O medo da inferioridade masculina em relação ao feminino? Uma competição doente? Talvez seja esse receio tão grande de repensar o voto? De haver uma família "tradicional"? Que de tradição não tem nada, só mesmo um fundo de preconceitos e estereótipos. Uma palavra bonita para chamar de conservador. O peso da escrita que traga o justo da língua e resgate o significado do peso das letras. Todas elas transportam uma carroça de significados. Agora quando o Voto é um jogo capitalista já não é democracia. Parece algo que confude? Se amassem o país não reformulavam os direitos de quem o habita, mas sim criavam leis que protege o bem estar constitucional que se acreditava pós 25 Abril, como o direito à educação e formação de opinião e conhecimento próprio. Até os cravos querem roubar das nossas bocas e converter em balas de fogo. Uma construção em conjunto, um reforço de autoajuda e social. Ah, mas o eco feminismo é um livro dos anos 80? Parece um ato extremamente contemporâneo no estado que atravessamos entre uma tempestade. Uma liberdade precária, uma linha tênue de uma vontade neocapitalista que faz braço de ferro contra a Voz que tanto luta para silenciar. Camadas criadas ao longo das épocas, leis aplicadas pela masculinidade que come e não deixa nada. Tal dizem que é cultural? É religião? Os 10 mandamentos foram convertidos em 10 pecados mortais. Onde fica o sentido de ser Humano? Humanizar? Pessoas carne e osso que são violadas, esquartejadas, afastadas das suas famílias, que não conseguem respirar entre dois ou quatro trabalhos, que não têm eletricidade ou água potável ou alimento digno. Barrigas vazias, subnutrição e doenças contaminadas pela qualidade de água. Pára de comparar, pára com os complexos ego centristas, pára com o narcisismo doente que asfixia o outro, só urge uma maior Luta! Uma Voz que nunca será viúva. A nossa raiz é a sinergia coletiva que nos move, nos ama, sem pedir nada em troca. Quem restringe e manipula o nosso crescimento serve para estupidificar o ato de pensar. Pensa por ti, pensa por nós, pensa por Todos. Não vás nas marés, porque te podes afogar.

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Caríssimo Luís Montenegro,

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Caríssimo Fernando Alexandre, ministro da educação, ciência e inovação,